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O DILEMA DO JOVEM PEMBA

Pemba, é um jovem sherpa de 15 anos de idade, nasceu na aldeia de Thame a 3800 metros de altitude no vale do Everest.

Filho de Dawa e de Mimgma Sherpa, a infância de Pemba foi passada a ajudar os seus pais no amanho da terra, e no pastoreio dos iaques da família.

Sendo o mais velho de 5 irmãos, sempre dividiu o seu dia a dia entre a realização destas tarefas e a frequência da Escola, para a qual se desloca todos os dias a pé.

Apesar de trabalhar muito, Pemba é um jovem feliz, forjado na imensidão das paisagens que calcorreia desde que se lembra de ser gente.

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Ama a sua liberdade e a sua família, no entanto, um dilema ensombra ultimamente os seus dias, fazendo-o sofrer, chegou a altura de decidir se quer continuar os seus estudos na grande cidade de Kathmandu ou se pelo contrário, se resigna a ficar na sua querida aldeia.

Sente-se dividido, partir significa privar a sua família da força dos seus braços, ficar é resignar-se a uma vida simples e tranquila, mas com poucas ou nenhumas perspectivas de futuro.

Por outro lado, se partir poderá regressar mais tarde já formado e ajudar os seus pais e irmãos, a poder ter um futuro melhor.

Pemba decide partir, reúne no seu intimo a coragem suficiente para à hora do jantar, quando todos tiverem a saborear o seu Dalbhat lhes comunicar a sua decisão.

Está preparado para enfrentar as lágrimas de tristeza da sua mãe e dos seus irmãos, mas tem de ser capaz de se manter firme, pois apesar da sua juventude, Pemba sabe que cada homem tem o seu próprio caminho para trilhar.

Um caminho que apenas ele poderá percorrer.

Pemba sabe que acabará por regressar à sua aldeia, para junto dos seus que tanto ama, o seu coração e a sua alma pertencem aquele lugar, aquelas Montanhas que sempre vigiaram o seus passos, mas agora é preciso partir, conhecer mundo, para então regressar pleno de satisfação e confiança por ter sido capaz de escolher o seu próprio caminho!

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ADORO VIAJAR

Eu adoro viajar.

Ao longo de todos estes anos a percorrer o mundo, existem vários lugares pelos quais sinto uma paixão muito especial.

Um desses sitios é o Nepal.

Fascinam-me as suas Montanhas, a sua cultura, as suas gentes.

Gosto particularmente do Vale de Khumbu, essa magnifica obra da natureza que conduz directamente ao sopé do Monte Evereste, a maior Montanha do Mundo.

É neste vale que habitam os sherpas, um povo oriundo do Tibete, que à muitos anos aqui se estabeleceu.

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Ferverosos praticantes da religião budista, os Sherpas são um povo alegre e muito trabalhador, que à custa de muita determinação e bom senso, conseguiu aproveitar as adversidades do meio em que vive para se tornar mais forte e mais resiliente.

Vivem uma vida simples, alimentando-se sobretudo dos produtos que eles próprios cultivam.

Não desperdiçando a mais pequena oportunidade para se divertirem, vivem cada dia como uma benção.

Apesar da vida dura que levam, o sorriso está sempre presente nos seus rostos bronzeados, cativando imediatamente pela simpatia que transmitem.

É impressionante a sua resistência física, que lhes permitem transportar cargas pesadíssimas a altitudes muito elevadas.

A sua determinação, forjada pelos obstáculos que diariamente enfrentam, permite-lhes seguir em frente mesmo nas condições mais adversas.

Adoro os Sherpas, identifico-me com eles nos seus traços de carácter, na sua humildade e generosidade.

É verdade que as Montanhas são uma verdadeira escola de vida, e para prová-lo, existirá sempre esse povo maravilhoso, de coração aberto e sorriso rasgado.

O POVO SHERPA!

Até que as nossas vidas se cruzem numa qualquer Montanha, desejo do fundo do coração, que vás superando com entusiasmo os desafios que a vida te coloca.