Faleceu no ano passado, no dia 16 de Outubro de 2017, a Senhora Harriette Thompson, com 94 anos, uma mulher que nos ensinou que nunca é tarde demais para começarmos o que quer que seja.
A Senhora Harriette, sobrevivente de 2 cancros ( na pele e no maxilar), começou em 1999 a correr a Maratona, com 76 anos de idade e só parou aos 92.
Antes só havia corrido com o seu marido distâncias mais curtas, na década de 50, no entanto, desafiada por uma amiga do coro onde cantava, decidiu participar na Maratona de San Diego como forma de angariar dinheiro para as pesquisas sobre a Leucemia e o Linfoma.
Ano após ano, esta Senhora foi terminando Maratonas, até que em 2015 se tornou a mulher mais velha a terminar uma Maratona, mais uma vez a de San Diego, com a proveta idade de 92 anos e 93 dias, percorrendo os 42.195 metros em 7 horas, 24 minutos e 36 segundos!
Já este ano, mais precisamente em 4 de Junho de 2017, completa a Meia Maratona de San Diego em 3 horas, 42 minutos e 56 segundos, tornando-se a mulher mais velha de sempre a completar esta distância!
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A sua última prova foi no dia 26 de Agosto de 2017 em Charlotte na distância de 5 kms.
Harriette, que perdeu o seu marido para o cancro em 2015, e que tinha um dos seus 5 filhos doente com a mesma doença, corria por uma causa, para a qual conseguiu angariar mais de 120.000 dólares ao longo de 18 anos.
Adorava a música, tendo sido pianista profissional do Carnegie Hall, a casa de concertos mais famosa de Nova York, e afirmava que corria sempre com a música de Rachmaninoff, o seu compositor preferido, na cabeça, não precisando de auscultadores, porque a imaginava!
Para ela, tocar piano era bem mais difícil do que correr a Maratona!
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Quando bateu o recorde do Mundo, cortou a meta com o seu filho Brenneman, e disse que estava bem porque foi muito mimada durante todo o trajeto.
Perguntavam-lhe muitas vezes como se sentia, respondia sempre: ” Estou bem, a não ser que queiram saber os detalhes, tenho limitações que não tinha antes e não me mexo tão rápido como há 18 anos atrás, mas no geral estou bem!” dizia sempre sorrindo.
Pensamento positivo, uma causa pela qual lutar, e uma força de viver indomável!
Mais palavras para quê…